MANIFESTO ALMA LIVRE: DEUS FALA TODAS AS LÍNGUAS
- Aeluriah
- 24 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jun.

Deus não tem identidade fixa.
Deus não tem passaporte.
Não fala uma língua só.
Não cabe num templo, num dogma ou num nome.
Deus é. E só isso já bagunça tudo que tentaram enfiar goela abaixo da gente.
Cada povo criou sua forma de explicar o que não se explica.
Cada cultura deu um rosto, um som, um jeito de chamar aquilo que ninguém consegue tocar. E tudo bem.
Porque a verdade é que Deus — ou seja lá qual nome você prefira usar — não precisa de tradução.
Ele se apresenta como pode.
Se adapta ao coração que busca.
E sim, talvez seja um só.
Mas não do jeito que tentaram vender.
Não como se houvesse uma versão oficial e o resto fosse heresia.
Cada um tem o Deus que consegue alcançar.
O Deus que aceita.
O Deus que escolhe abraçar — ou rejeitar.
E tem gente que acha isso perigoso.
Que isso relativiza.
Mas na real, relativiza mesmo.
Porque Deus é relativo à experiência de quem vive.
E olha só: todo mundo vive.
Todo mundo sente.
Chora.
Ama.
Perde.
Vence.
Todo mundo tem uma história, uma dor, uma busca.
E se a vida pulsa em todos, por que a gente insiste em achar que só o nosso Deus “funciona”? A fé, quando é real, não precisa convencer ninguém.
Ela só existe.
E transforma.
Não grita, não impõe, não ameaça.
Só vive.
E quem vive de verdade, percebe:
Deus não é propriedade de ninguém.
Ele é a centelha que acende o olhar de um desconhecido do outro lado do mundo.
É a força que levanta um corpo cansado na África, na Ásia, na quebrada, no centro.
É a brisa, o trovão, o silêncio.
Deus, pra mim, é um só.
Mas veste mil roupas.
Fala mil línguas.
Se mostra de mil jeitos.
E continua sendo Deus.
Mari Kuste/ Aeluriah
Comments