Limpeza mental: E se seus pensamentos não forem seus?
- Aeluriah
- 14 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de mai.

E se seus pensamentos não forem seus?
Você já parou pra se perguntar…
se os pensamentos que você tem o dia inteiro…
realmente são seus?
Porque a maioria das pessoas vive como se fosse óbvio que sim.
Mas… e se não for?
E se a sua mente estiver entupida de vozes que não são suas?
De comandos, crenças, padrões, julgamentos, expectativas?
De repetições herdadas, palavras que você nem lembra de onde vieram…
mas que regem a forma como você se vê no espelho
A gente cresce ouvindo o tempo todo quem devemos ser.
O que é viver certo, o que é estar errado,
quem você deve ser e quem nunca poderia ser,
o que é um caminho… e o que é um desvio.
E a cada opinião que a gente engole sem digerir,
um pedaço da nossa verdade é empurrado pra um canto escuro.
A gente acha que pensa.
Mas será que pensa mesmo?
Ou só reage?
Ou só reproduz?
Quantas vezes você já se pegou se criticando, se comparando, se sabotando…
como se tivesse uma voz dentro da sua cabeça que odeia você?
E aí vem a pergunta que corta:
quem colocou essa voz aí?
Talvez tenha sido sua mãe, seu pai, a escola, a igreja, a internet, o ex, a sociedade…
ou tudo isso junto, costurado num script invisível que te disseram que era você.
Mas não era.
Não é.
Tem muita coisa que você chama de “eu”
que foi plantada aí.
E o pior: você regou.
Com culpa.
Com medo.
Com silêncio.
E é por isso que tanta gente vive entorpecida, perdida, desconectada.
Porque não tá vivendo como si.
Tá vivendo como o reflexo do mundo.
Como um eco. Uma cópia. Uma programação.
Só que tem uma coisa:
uma hora, essa programação começa a falhar.
Dá erro. Quebra.
A alma começa a gritar de um jeito que não dá mais pra ignorar. E você precisa de uma Limpeza mental.
Você começa a se questionar.
Começa a duvidar.
Começa a escutar a sua própria voz —
mesmo que no início ela seja só um sussurro no meio do caos mental.
E aí, talvez, seja o começo.
O começo de limpar a mente como quem limpa um altar.
De varrer o que não te pertence.
De desfazer as malhas do controle.
Pensar por si mesmo é perigoso.
Porque pensar por si mesmo é deixar de ser obediente.
É deixar de ser previsível.
É deixar de ser domesticado.
Mas é aí que mora a liberdade.
Não a liberdade fake, de “fazer o que quiser”.
Mas a real:
a de saber quem é que quer.
E quando você começa a descobrir isso…
quando você começa a separar o que é seu do que te colocaram…
você começa a voltar pra casa.
Não uma casa de tijolos.
Mas uma casa interna.
Aquela que ninguém constrói por você.
Aquela onde o pensamento é presença.
É escolha.
É semente viva — e não eco morto.
Então, antes de acreditar em tudo que sua mente te diz,
se pergunta:
isso veio de onde?
Isso é meu?
Ou isso é só ruído disfarçado de pensamento?
Talvez a sua revolução comece aí.
Num silêncio desconfiado.
Num corte.
Num “não” que finalmente vira um “sim” pra você.
Mari Kuste/ Aeluriah
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