Não sangre em tanque de tubarões.

Não sangre em tanque de tubarões

Tem lugar que parece escuta…

Mas é armadilha.

Você chega ferida, achando que vai ser acolhida — mas só vira entretenimento emocional de gente vazia. Gente que sente prazer em ver você se desmontando, chorando, expondo tudo. Gente que nunca teve empatia, só curiosidade mórbida. Gente que vive faminta da dor alheia porque não tem coragem de encarar a própria.

Sangrar em tanque de tubarões é isso: abrir sua dor onde só tem predador disfarçado de apoio.

Eles não querem te curar. Querem te devorar.

Te consumir. Te reduzir à tua pior versão. Te fazer acreditar que é fraca, instável, confusa, carente, “doida”. Só pra se sentirem menos medíocres perto da tua intensidade.

E sabe qual é o golpe mais cruel?

É que eles te convencem de que estão te ajudando. Mas, no fundo, só querem controlar a fonte da tua luz… e do teu sangue.

Chega.

Não entregue sua dor pra quem não sabe nem lidar com a própria sombra.

Não exponha tua alma em terreno minado.

Não transforme tua ferida em espetáculo.

Sangra onde há rito, não onde há fome.

Você é oceano, não poça de sangue pra alimentar trauma alheio.

—Mari kuste/ Aeluriah