Queimem todos que tentaram queimar vocês.
- Aeluriah
- 9 de mai.
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de mai.

Queime todos que tentarem queimar você.
Mas queime com lucidez.
Com o fogo da sua presença inteira — não com o desespero de provar algo.
Queime com a fúria sagrada de quem foi silenciada demais.
Com o olhar firme de quem não se curva mais pra ser escolhida.
Porque você já foi queimada antes.
Na infância, quando aprendeu que amar era se calar.
Nos relacionamentos, quando confundiu abandono com destino.
Na sociedade, que te quis dócil, leve, sorridente.
Você foi ensinada a apagar seu fogo pra não incomodar.
Mas agora, chegou a hora de devolver.
Não na mesma moeda — na sua linguagem.
Queime os pactos com o silêncio.
As juras de lealdade ao que te destrói.
As versões editadas de si mesma que criou pra sobreviver.
Esse fogo não é vingança. É alquimia.
É a raiva transmutada em presença.
A dor ressignificada em limite.
O fim da era onde você pedia permissão pra existir.
Porque tem gente que só entende quando a gente incendeia.
E tem ferida que só cicatriza quando a gente se põe de pé — em brasas, se for preciso.
Queimar não é destruir o outro.
É impedir que te destruam.
É colocar fogo no medo de incomodar.
É purificar a sua verdade com a luz mais incômoda que existe: a do amor-próprio que diz “chega”.
Não tenha medo de ser fogo.
Quem se queima, que aprenda.
Quem fica, que saiba: você não é abrigo pra covardes.
—Mari Kuste/Aeluriah
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