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MANIFESTO DA ALMA LIVRE: A SOMBRA DE DEUS

Atualizado: 12 de jun.


 Ilustração digital em estilo vintage e místico. A imagem mostra uma figura feminina com olhar profundo, cercada por símbolos ocultistas e elementos sombrios. Ao fundo, uma luz difusa projeta contraste entre sombra e iluminação, representando a dualidade espiritual. A composição transmite o tema “MANIFESTO ALMA LIVRE: A sombra de Deus” de forma intensa e simbólica. Assinada por @aeluriah.

A Sombra de Deus: A Imagem Distorcida do Sagrado na História


“O Deus dos exércitos talvez nunca tenha sido o mesmo que sussurra no silêncio.”


O Antigo Testamento é uma paisagem árida.

Cheia de mandamentos, castigos, guerras santificadas e um Deus que parece mais um rei sedento por obediência do que um pai que acolhe.

Um Deus que manda matar. Que se ofende. Que pune sem piedade.

Esse é o Deus que nos ensinaram a temer.

Mas será esse o Deus real?


Ou será o reflexo de uma época em que homens buscavam justificar seu poder com a desculpa da divindade?


A Bíblia, como muitos textos sagrados, foi escrita num mundo patriarcal, belicoso, desigual.

E o Deus descrito ali, muitas vezes, parece mais um espelho dos traumas humanos do que um reflexo do amor universal.

Um Deus com ciúmes, com sede de sangue, com vontades humanas — tão humanas que assusta.

Talvez esse seja o ponto: o Antigo Testamento revela menos sobre Deus… e mais sobre os homens que o escreveram.


Sim, pode haver verdades ali.

Mas também há medo, política, dominação.

E quando tudo isso é embrulhado como “vontade de Deus”, o sagrado se torna uma arma.


Mas Deus não precisa de guerra pra ser ouvido.

Deus não exige sangue pra ser sentido.

Deus não precisa que você escolha entre amá-Lo ou ser destruído.

Isso é discurso humano — não sopro divino.


Talvez seja hora de encarar a sombra de Deus como ela é:

a sombra que os homens projetaram sobre Ele.

E limpar essa imagem.

Tirar a poeira da essência.

Separar o Criador da caricatura criada.


Porque o verdadeiro Deus não precisa se impor pelo medo.

Ele se revela no amor que cura, não na espada que fere.

E talvez, só talvez… o que a gente chama de fé

precise parar de confundir violência com justiça,

e controle com santidade.


— Mari Kuste/ Aeluriah

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