MANIFESTO DA ALMA LIVRE: A SOMBRA DE DEUS
- Aeluriah
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jun.

A Sombra de Deus: A Imagem Distorcida do Sagrado na História
“O Deus dos exércitos talvez nunca tenha sido o mesmo que sussurra no silêncio.”
O Antigo Testamento é uma paisagem árida.
Cheia de mandamentos, castigos, guerras santificadas e um Deus que parece mais um rei sedento por obediência do que um pai que acolhe.
Um Deus que manda matar. Que se ofende. Que pune sem piedade.
Esse é o Deus que nos ensinaram a temer.
Mas será esse o Deus real?
Ou será o reflexo de uma época em que homens buscavam justificar seu poder com a desculpa da divindade?
A Bíblia, como muitos textos sagrados, foi escrita num mundo patriarcal, belicoso, desigual.
E o Deus descrito ali, muitas vezes, parece mais um espelho dos traumas humanos do que um reflexo do amor universal.
Um Deus com ciúmes, com sede de sangue, com vontades humanas — tão humanas que assusta.
Talvez esse seja o ponto: o Antigo Testamento revela menos sobre Deus… e mais sobre os homens que o escreveram.
Sim, pode haver verdades ali.
Mas também há medo, política, dominação.
E quando tudo isso é embrulhado como “vontade de Deus”, o sagrado se torna uma arma.
Mas Deus não precisa de guerra pra ser ouvido.
Deus não exige sangue pra ser sentido.
Deus não precisa que você escolha entre amá-Lo ou ser destruído.
Isso é discurso humano — não sopro divino.
Talvez seja hora de encarar a sombra de Deus como ela é:
a sombra que os homens projetaram sobre Ele.
E limpar essa imagem.
Tirar a poeira da essência.
Separar o Criador da caricatura criada.
Porque o verdadeiro Deus não precisa se impor pelo medo.
Ele se revela no amor que cura, não na espada que fere.
E talvez, só talvez… o que a gente chama de fé
precise parar de confundir violência com justiça,
e controle com santidade.
— Mari Kuste/ Aeluriah
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