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MANIFESTO FIM DO MUNDO: TODO CORAÇÃO É UMA CÉLULA REVOLUCIONÁRIA.

Atualizado: 29 de mai.


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Ilustração de uma mulher de olhos fechados segurando um coração anatômico com raios vermelhos ao redor, acompanhada da frase “Todo coração é uma célula revolucionária”. Estilo gráfico com cores fortes em vermelho, preto e bege, com estética de cartaz político. Assinatura “@aeluriah” no canto inferior direito.

Todo coração é uma célula revolucionária.


A gente não sabia exatamente o que estava fazendo.

Só sabia que precisava fazer alguma coisa.

Qualquer coisa.

Porque viver daquele jeito, fingindo que tava tudo certo, era sufocante demais.


Talvez a gente nem quisesse mudar o mundo.

Talvez só quisesse perturbar um pouco a ordem, balançar a lógica, deixar uma marca.

Mostrar que a gente passou por aqui — e não aceitou tudo calado.


No fundo, era mais sobre sentir do que sobre vencer.

Mais sobre não se tornar cínico do que sobre derrubar o sistema.

Era sobre não se render ao conforto do silêncio.




E quando ninguém mais parecia se importar,

a gente ainda se importava.

Mesmo que fosse só em segredo.

Mesmo que fosse só em bilhetes deixados numa sala vazia.

Mesmo que fosse só dentro do peito.


Porque todo coração que se recusa a endurecer,

que se irrita com o absurdo,

que ainda se agita com a injustiça,

é uma célula viva — e perigosa.


E por mais que o tempo passe,

por mais que a vida empurre a gente pra longe daquela fúria de antes,

se ainda existe aí dentro um resto de esperança,

um desconforto, um arrepio…

então tá vivo.


E isso já basta.


Todo coração é uma célula revolucionária.

Mesmo quando ninguém vê.


Obs: Frase do filme The Edukators (2004), dirigido por Hans Weingartner.


— Mari kuste/ Aeluriah

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